Se tem um automóvel construído nos últimos 10 anos, já deve ter notado que não é preciso dosear a pressão no pedal para ter uma aceleração uniforme e que pressionar o pedal a fundo para arrancar não faz grande coisa. Isto é porque o seu carro tem um acelerador eletrónico. Está bem, mas o que é isso e serve para quê?
Anteriormente, um cabo servia como ligação entre o pedal do acelerador e a borboleta da admissão do motor. Maior pressão no acelerador aumentava o combustível nos cilindros e fazia o carro andar mais depressa. Este sistema era simples, mas desgastava-se em automóveis mais pequenos, quando havia demasiada pressão no acelerador quando o motor estava a baixas rotações. Além do mais, esse sistema mecânico ocupava espaço e limitava a localização das peças envolvidas.
Desde então, como muitos dos sistemas do carro, incluindo a dosagem de combustível nos cilindros, passou a ser feita eletronicamente, o cabo do acelerador deu lugar a um sistema eletrónico. Agora, a pressão no acelerador é lida por sensor, mas depois esta é doseada pelo sistema. Tem vantagens, permitindo poupar mais combustível, evita pressão desnecessária na admissão e reduz a potência antes da troca de velocidade, ficando mais suave. Ao mesmo tempo, facilita a integração com sistemas de segurança como cruise control ou assistência de travagem.
A desvantagem é que um condutor mais experiente vai notar que a progressão do motor não é idêntica à pressão no pedal, o que é criticado por quem gosta de experimentar os limites de um automóvel com apetência desportiva. Mas um condutor normal não vai notar grande diferença, e vai preferir a poupança de combustível do acelerador eletrónico.