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Os BMW são todos iguais? Isso vai acabar
2018-01-30 https://www.razaoautomovel.com Fernando Gomes, Razão Automóvel razaoautomovel

Os BMW são todos iguais? Isso vai acabar

Acham que os BMW têm um estilo demasiado conservador e são muito parecidos uns com os outros? Esperem mudanças durante 2018.


Não faz tanto tempo assim, ficámos a saber que a Audi queria acabar com a abordagem ao estilo do tipo “boneca matriosca”. Agora é a BMW, nas palavras do vice-presidente senior de design do BMW Group, Adrian van Hooydonk, em declarações à Automotive News, que anuncia um novo estilo, mais limpo, e também modelos mais diferenciados entre si.


Vamos limpar; vamos usar menos linhas; as linhas que teremos serão mais acutilantes e precisas. No interior, vamos ter menos botões — os carros irão começar a mostrar a sua inteligência, pelo que não temos de lhes dar tantos comandos.


Com este estilo mais limpo e preciso, van Hooydonk refere ainda que os designers da BMW vão afastar mais cada modelo do seu “parente mais próximo” — “encontrarão automóveis que ficarão mais fortes em carácter e mais separados uns dos outros”. 


Os seis modelos da mudança

Coube ao BMW X2 estrear esta nova abordagem. Mantém os elementos que identificam, quase desde sempre, os BMW — a grelha em duplo rim e, mais recentemente, as duplas óticas. Mas a grelha, por exemplo, surge invertida relativamente a outros modelos da marca.


Será precisamente no conjunto das óticas-grelha, onde reside grande parte da identidade do modelo, que veremos as maiores diferenciações entre modelos.


O X2 também prescindiu da linha de teto em arco tipo coupé, como podemos ver nos X4 e X6, e o símbolo da marca surge embutido no pilar C, uma referência a um dos coupés mais reverenciados na história da marca — o E9 3.0 CS da década de 70. Pormenor que será exclusivo ao X2, segundo van Hooydonk, “porque queríamos que fosse algo que as pessoas pudessem reconhecer neste carro no meio do tráfego”.


Além do X2, esta nova abordagem poderá ser observada nos lançamentos da BMW em 2018. São eles o novo X4 e X5, nova geração do Série 3, o Série 8 e o X7, com os últimos dois já antecipados por protótipos. 


Diferenciação entre modelos: a prioridade

Esta nova abordagem ao estilo da marca é uma resposta clara às críticas que os últimos lançamentos da marca do duplo rim receberam. Apesar de serem novas gerações, não só parecem não se afastar o suficiente dos modelos que sucederam, como também não se distinguem suficientemente entre os outros elementos da gama — apenas a escala varia, como as “bonecas matrioscas”.


Segundo van Hooydonk, há duas formas de olhar para estas considerações. Ou o redesign do modelo foi demasiado tímido, sem conseguir dar a percepção de renovação que se quer de um novo modelo ou, como sugere van Hooydonk “a competição mudou mais do que nós”.


Se no passado, a BMW alternava uma grande mudança da linguagem de design com outra mais pequena, fazendo com que os “saltos” se efetuassem de duas em duas gerações, no mundo de agora — mais rápido e com mais concorrentes — a mudança na linguagem também de ser mais acelerada.


É por isso que a BMW passará a introduzir algo novo para a marca em cada modelo novo ou atualizado que surja.

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